sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

Divindade e Humanidade de Jesus: entre a opção clássica e a opção hermenêutica

Conforme afirmamos no texto anterior, optamos pela concepção clássica da teologia. Neste aspecto, optamos pela concepção da divindade e humanidade de Jesus, através da união das duas naturezas.
Jesus era tanto divino, quanto humano. Ele não se tornou divino somente a partir de Seu nascimento virginal, mas na eternidade.
Jesus assumiu a forma de servo, a forma humana, mas nem por isso deixou a sua divindade. Ele foi profetizado como o Messias vindouro e no tempo certo e determinado de Deus cumpriu com o seu propósito e ministério.
Jesus é verdadeiramente Deus e verdadeiramente homem. Ele possui diversos atributos:
a) Onipotência (Mateus 28:18; João 17:2);
b) Onisciência (Colossenses 2:3);
c) Onipresença (Mateus 28:20);
d) Imutabilidade (Hebreus 13:8);
e) Existência própria (João 5:26);
f) Vida original, não-emprestada e não derivada (João 11:25);
g) Santidade (Lucas 1:35; Marcos 1:24);
h) Amor (I João 3:16)
i) Eternidade (Isaías 9:6)

Além dos atributos divinos acima, Jesus possuía poderes e prerrogativas divinas, nomes divinos, foi reconhecido como divino pelos apóstolos, testemunhou ser igual a Deus e é adorado como Deus.
Ao mesmo tempo, Jesus foi verdadeiramente homem, pois nasceu de mulher, cresceu como homem, desenvolveu-se como homem e possuía características humanas. Foi enviado “em semelhança de carne pecaminosa”, porém, não pecou. É considerado como o segundo Adão, mas com um diferencial, não propenso ao pecado.
Jesus veio a este mundo, tornou-se homem, viveu como um de nós passou pelas mesmas aflições que passamos. Por isso Ele é o nosso intercessor, o nosso Sumo Sacerdote, que intercede junto ao Pai.
Apesar de Deus ter usado o ser humano para transmitir as suas palavras, não significa, porém, que as suas palavras não sejam a realidade das coisas em si mesma.
A Bíblia jamais será de autoria humana. Ela é de autoria divina, escrita em palavras humanas. Dessa forma poderá estar sujeita a falhas, mas com isso, não significa que tudo seja interpretado simbolicamente. Sinceramente, não consigo concordar com a fundamentação hermenêutica moderna. Quando lemos na Palavra de Deus afirmando que Jesus foi concebido pelo Espírito Santo é isso mesmo que a Bíblica está dizendo. Não há como considerar isto como um símbolo. O próprio texto fala por si só. Não existe outra interpretação. Existem textos que devem ser interpretados literalmente e outros simbolicamente, mas quanto à divindade de Jesus, não temos como fugir da interpretação bíblica, pois se trata de uma doutrina básica da fé crista. Na dúvida, prefiro ficar com a literalidade do texto, com relação a divindade e humanidade de Jesus, conforme narrado nas Escrituras Sagradas.

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