quinta-feira, 30 de agosto de 2007

Valores Constitucionais e Ensino Religioso

Por Aldir Guedes Soriano

Artigo originalmente publicado no Jornal Oeste Notícias

A comunidade internacional padece, atualmente, de muitos males como o aumento da violência urbana, o terrorismo e a intolerância. Diante desse quadro caótico, existe certo consenso no sentido de que, pelo menos em grande medida, a causa desses problemas mundiais pode estar relacionada a uma crise moral da humanidade ou simplesmente à falta de valores.

Onde a sociedade moderna pode encontrar valores morais úteis para enfrentar os seus problemas e desafios mais urgentes? A religião pode ser considerada uma fonte desses valores. Entretanto, esse ponto de vista é muito controvertido, uma vez que a sociedade é pluralista e 7% da população brasileira, por exemplo, não professa nenhuma religião.

Embora as diversas religiões possam ser consideradas depositárias de valores morais úteis para a construção de uma nação mais justa, o ensino religioso nas escolas públicas pode ser desastroso e atentatório ao pluralismo e à igualdade de direitos entre todos os cidadãos. Em outras palavras, tal ensino dificilmente poderá ser realizado sem a violação da própria Constituição. Por outro lado, mesmo sem o ensino religioso nas escolas públicas, as religiões certamente continuariam a contribuir, naturalmente, na formação de cidadãos responsáveis e preparados para viver em sociedade. Para isso, basta que a liberdade de consciência, de crença e de culto seja efetivamente respeitada pelo Estado.

O ensino religioso nas escolas públicas não se harmoniza com os ideais da democracia constitucional e liberal. Há, sem dúvida, o risco constante de serem atendidos apenas os interesses da religião majoritária e, também, de violação dos direitos das minorias religiosas existentes na sociedade. Cumpre lembrar que a democracia não pode sobreviver com o desrespeito dos direitos das minorias. Além disso, o Estado é laico e, por conseguinte, a religião é um assunto privado, que deve ser reservado à esfera familiar e às associações religiosas. De acordo com o ordenamento jurídico brasileiro e os tratados internacionais de direitos humanos, a educação religiosa infantil cabe, em primeiro lugar, aos pais. O Estado não-confessional entra num terreno muito perigoso quando tenta definir o que é religião ou mesmo quando pretende assumir ou financiar a tarefa de promover a instrução religiosa de suas crianças e adolescentes.

Se o Estado não pode recorrer diretamente às religiões para promover valores morais úteis à sociedade, sem violar os direitos das minorias religiosas e dos ateus, como, então, enfrentar a mencionada crise moral? A resposta está nas Constituições dos diversos Estados democráticos. É típica das Constituições democráticas a inserção de uma parte dogmática que nada mais é do que um catálogo de princípios ou direitos humanos fundamentais. Esse catálogo contém valores que foram reconhecidos por lei. Destacam-se na Constituição Federal de 1988, por exemplo, os Super-Valores ou Super-Princípios, tais como Vida, Liberdade, Igualdade, Segurança e Propriedade.

Todos esses valores reconhecidos pela Constituição podem ser ensinados pelo Estado, sem tocar num tema tão complexo, delicado e controvertido como a religião. Seria de grande valor uma disciplina sobre direitos e deveres fundamentais do cidadão a partir do ensino fundamental. Isso porque, a cada direito assegurado pela Carta Política corresponde também um dever imposto a todos os cidadãos.

É interessante notar que a Constituição Federal de 1988 também positivou outros valores igualmente relevantes e que merecem ser ensinados, como o pluralismo, a fraternidade, a solidariedade e, também, o princípio da dignidade da pessoa humana. Não é essa a sociedade que se pretende construir: uma sociedade fraterna, livre, pluralista e sem preconceitos? A sociedade brasileira possui esses valores na sua própria Constituição.

Em suma, o Estado não precisa recorrer à religião para ensinar valores úteis à sociedade. Ele pode utilizar os princípios constitucionais e, também, a filosofia dos pensadores liberais como Locke, Voltaire e John Rawls. A democracia seria sensivelmente ampliada se o cidadão fosse incentivado a ler e a interpretar a Constituição. Essa leitura não pode ser restrita aos juristas ou aos operadores do direito. Toda a sociedade deveria ser estimulada a ler e a interpretar a Constituição.

Este artigo pode ser citado da seguinte forma:
SORIANO, Aldir Guedes. Valores Constitucionais e Ensino Religioso. In: Jornal Oeste Notícias. Presidente Prudente-SP, 24 de março de 2007, Caderno 1.2.

O Direito à Liberdade Religiosa

Artigo originalmente publicado no jornal Correio Braziliense

(Suplemento Direito&Justiça), no dia 08 de novembro de 2004.




A expressão “liberdade religiosa” foi utilizada, provavelmente, pela primeira vez no segundo século da era cristã. Tertuliano, um advogado convertido ao cristianismo, usou essa expressão na sua obra intitulada Apologia (197 d.C.), para defender os cristãos que passavam por uma feroz perseguição religiosa empreendida pelo Império Romano. A obra foi endereçada aos governantes romanos a fim de sensibilizá-los acerca das injustiças e violências praticadas contra os cristãos.
A Apologia de Tertuliano foi vista, sem dúvida nenhuma, como uma excentricidade, por muitos que a conheceram no distante século II d.C. Como se sabe, o Império Romano só passou a tolerar o cristianismo a partir do século IV d.C. e a liberdade religiosa permaneceu uma idéia estranha, extravagante e por muitos ignorada até o século XVIII, quando teve início a chamada era dos direitos, no dizer de Norberto Bobbio.
Assim como no tempo de Tertuliano, a defesa do direito à liberdade religiosa pode parecer uma excentricidade, mesmo num país democrático como o Brasil. Isso é válido, principalmente no que diz respeito àqueles que professam uma crença diferenciada e pouco compreendida, como os observadores do sábado bíblico. Mais de um milhão de cristãos e judeus, que vivem e trabalham no território brasileiro possuem essa crença singular. Essa grande minoria encontra dificuldades no mundo moderno, principalmente, nas provas escolares, vestibulares e concursos públicos discricionariamente marcados no dia de sábado.
O direito à liberdade religiosa não pode ser anulado pelo interesse público. A supremacia do interesse público sob o interesse privado não pode prevalecer quando se trata de um direito fundamental da pessoa humana. Admitir a supremacia do interesse público sob este viés, seria uma violação do princípio Constitucional da dignidade da pessoa humana. Ademais, o interesse público, como assinala John Rawls, não é superior aos interesses religiosos ou morais. Assim, o Estado não pode restringir as convicções religiosas quando estas entram em choque com os seus interesses. (John RAWLS, 1997).
A discricionariedade da administração pública não pode anular o direito à liberdade religiosa. A administração pública poderia eleger, segundo critérios de conveniência e oportunidade, um dia sábado para a realização de determinado concurso público ou vestibular se essa discricionariedade não fosse limitada pelo direito administrativo. A discricionariedade da administração pública é limitada pela Lei e, no caso em tela, pela Lei Maior – a Constituição Federal – que dispõe: “Ninguém será privado de direitos por motivos de crença religiosa...” (art. 5º, inciso VIII, da CF/1988). Outro limite à discricionariedade se encontra no princípio da razoabilidade segundo o qual a conveniência e a oportunidade da administração pública não pode prevalecer diante da finalidade do ato administrativo. Ora, se a finalidade é o livre acesso aos cargos públicos, não se pode discriminar ou impedir esse acesso em razão de uma crença religiosa. Por outro lado, se a finalidade é o livre acesso ao ensino superior, a administração pública também não pode negar esse direito, prejudicando um segmento da sociedade, que também contribui com o pagamento de tributos, como o restante da população.
O direito à liberdade religiosa, tampouco pode ser anulado pela autonomia das universidades, que se equipara à discricionariedade administrativa e, de igual sorte, está vinculada ao império da lei e à supremacia da Constituição. As instituições de ensino possuem autonomia didático-científica e administrativa conferida pelo art. 207 da Constituição Federal de 1988, porém não estão autorizadas a promoverem discriminações religiosas, segundo a própria Constituição. Muito pelo contrário, elas devem observar as normas Constitucionais concernentes ao direito à liberdade religiosa. Ademais, as universidades devem observar alguns princípios estabelecidos pelas diretrizes e bases da educação nacional, Lei Federal nº 9.394/1996, como o “respeito à liberdade e apreço à tolerância”, conforme o seu art. 3º. Assim sendo, as universidades devem permitir o pluralismo religioso entre os seus estudantes.
Segundo John Rawls, “numa sociedade justa as liberdades da cidadania igual são consideradas invioláveis; os direitos assegurados pela justiça não estão sujeitos à negociação política ou ao cálculo de interesses sociais” (John RAWLS, 1997). O utilitarismo estatal não pode prevalecer quando se trata da proteção da pessoa humana. Os direitos humanos fundamentais têm primazia sobre o interesse social e, também, estatal.



Informações bibliográficas:
Este artigo pode ser citado da seguinte forma:
SORIANO, Aldir Guedes. O Direito à Liberdade Religiosa. In: Jornal Correio Braziliense. Brasília, 08 de novembro de 2004, Caderno Direito & Justiça, p. 2.

O Poder Para Transformar a Sua Vida

Fim de Ano, Festas de Natal. É também época de reflexão e análise do ano que findou-se. Época de realização de Balanço. As empresas, no final do ano, realizam o Balanço Patrimonial.

O que é o Balanço Patrimonial na Contabilidade? É o levantamento de bens e direitos num determinado momento, é a situação estática do Patrimônio (conjunto de bens, direitos e obrigações), seja de uma entidade com ou sem fins lucrativos. Faz-se para analisar se houve lucro ou prejuízo.

E na nossa vida espiritual, como foi o ano? Houve lucro ou prejuízo? Quantas almas você ganhou para Jesus? Quantas vezes você falou de Jesus para as pessoas? Você fez trabalho missionário este ano, ou simplesmente preocupou-se somente com o trabalho, a família, as dívidas, os problemas?

O que você gostaria que mudasse em você neste novo ano que vai chegar? Gostaria de ser mais confiante em Deus, mais descontraído? Talvez quisesse ser mais expansivo, menos ansioso ou menos medroso. A maioria das pessoas está bastante interessada em mudar porque percebe que sempre há em que melhorar.

Você faz planos para a sua vida espiritual? No final do ano, planejamos para o ano novo, fazemos promessas de mudança, e, quando começa o novo ano, voltamos à mesma rotina, e continuamos fazendo a mesma coisa de antes.

Porque não conseguimos mudar?

As pessoas freqüentemente querem mudar, mas simplesmente não conseguem, não têm forças. Freqüentam seminários e conferências, fazem regimes, mas dura somente uma ou duas semanas. Lemos livros de auto-ajuda, mas o problema é que eles dizem o que fazer, mas não dão poder para fazer. Eles dizem: “Acabe com todos os antigos hábitos, seja positivo, não seja negativo”, Mas como, onde obter o poder para mudar? Como arrancar a minha vida do ponto morto? Como me desvencilhar do molde em que encontro? Eis as boas novas: o cristianismo oferece o poder de que precisamos através do Nosso Senhor Jesus!

Você pode ter o poder da ressurreição.

A palavra poder ocorre 57 vezes no Novo Testamento. É uma palavra utilizada em referência ao fato mais poderoso que já aconteceu, separando o d. C. do a C. Esse acontecimento foi e é o clímax do cristianismo. A única diferença entre o cristianismo e as outras religiões é que a tumba de Cristo está vazia, enquanto que nas outras, os restos mortais dos líderes estão lá na tumba. E esse poder, meu irmão e minha irmã, está à sua disposição para mudar a sua vida! Você quer poder na sua vida, quer ser um vencedor, experimente o poder de Jesus e você será uma pessoa vitoriosa!

O apóstolo Paulo disse: “Desejo conhecê-lo, e o poder da sua ressurreição” (Filipenses 3.l0). Ainda em outra carta escreve para os efèsios, em (Efésios l.19,20): “Oro para que vocês comecem a compreender como é incrivelmente grande o seu poder para ajudar aqueles que crêem nele. Foi esse mesmo grandioso poder, que levantou a Cristo dentre os mortos e o fez sentar-se no lugar de honra no céu, á mão direita de Deus” (BV).

“Deus deseja dar-lhes o poder da dinamite em sua vida, o poder que pode mudar sua vida”. O mesmo poder que ressuscitou Jesus dentre os mortos está à sua disposição agora mesmo para transformar a sua vida em força. O poder da ressurreição é poder que cancela o nosso passado, o poder que vence nossos problemas e o poder que transforma nossa personalidade.

O poder de Deus vai cancelar o nosso passado!

Em colossenses 2.14 lemos: “tendo cancelado o escrito de dívida, que era contra nós e que constava de ordenanças, o qual nos era prejudicial, removeu-o inteiramente, encravando-no na cruz”

Jeremias 31:34 “Pois perdoarei as suas iniqüidades e dos seus pecados jamais me lembrarei”

A palavra cancelar significa eliminar, neutralizar, compensar alguma coisa. É isso que Deus faz com o nosso pecado. Ele elimina-o de nossa vida.

Muitas pessoas vivem sofrendo com os seus erros passados,e gostaria de poder apagá-los e começar de novo. Os fracassos, os problemas, as decisões erradas, todos sofremos por causa deles. Muitos não conseguem esquecer do passado e vivem lamentando-se, “Ah, se eu não tivesse feito isso ou aquilo” e constantemente vivem se culpando dos erros passados.

Confesse o seu pecado à Jesus, e Ele tornará você uma pessoa feliz. Ele jamais se lembrará do seu passado!

O poder de Deus vai acabar com nossos problemas

Todos têm problemas. Eles existem porque vivemos em um mundo perdido e cheio de problemas para serem revolvidos. Se você acha que não tem problema, examine o seu pulso. As únicas pessoas que não têm problemas estão nos cemitérios.
Nosso verdadeiro problema é a forma que lidamos com os problemas.
Quando tentamos resolver os problemas por nossa conta, com o nosso próprio poder, ficamos cansados, sobrecarregados e frustrados. Certa vez, um homem cansado de tentar resolver os seus problemas disse: “Estou doente e cansado de estar doente e cansado” É assim que nos sentimos quando tentamos resolver nossos problemas por conta própria. Deus quer que paremos de tentar e comecemos a confiar a Ele os nossos problemas.

Não diga à Deus que você tem um problema, diga ao problema que você tem um Grande Deus! Sai pra lá problema, você não pode com Jesus, porque Ele é poderoso!

Veja o que Paulo pergunta em Romanos 8.35: “Quem nos separará do amor de Cristo? A tribulação, ou a angústia, ou a perseguição, ou a forma, ou a nudez, ou o perigo, ou a espada?”. Ele mesmo responde no versículo 37: “...em todas estas coisas somos mais que vencedores, por aquele que nos amou”. Você sabe o que significa a palavra vencer? Um vencedor é “aquele que vence obtendo o controle”. Paulo diz que somos mais do que vencedores. A palavra grega explica que somos supervencedores e podemos ter vitória esmagadora. Quando colocamos a vida nas mãos de Deus e nos apoiamos no poder da ressurreição, nada pode nos desvastar. Nada pode nos engolir ou nos destruir. Essa é a mensagem da ressurreição e o âmago das boas novas.

Para que Deus possa operar esta maravilha em sua vida, você precisa abrir o seus coração à Ele e deixa-lo agir na sua vida. Só assim ele poderá transformar a sua vida. Para que isso aconteça, você precisa aplicar o que encontramos em 2Corintios 5.17: “Portanto, se alguém está em Cristo, nova criatura é; as coisas velhas já passaram, tudo se fez novo” Quando entregamos a vida a Cristo, esse é o ponto inicial da transformação. Não somos mais os mesmos. Começamos uma nova vida.

Jesus tem o poder para transformar a sua vida, mas também depende de você querer esta transformação. Depende da sua iniciativa. Faça isto agora, parta para ação, aja, e deixe Jesus agir em sua vida!

O que você está esperando? Você pode dizer agora mesmo: “Senhor Jesus, peque a minha vida em tuas mãos. Pegue o que há de ruim e transforme em bênçãos. Pegue cada parte de minha vida”. Abra o seu coração ao amor de Jesus agora mesmo e deixe que o poder transformador da ressurreição dele transforme-se em realidade na sua vida.

Preparação Para os Momentos de Adversidade

Mateus 24:32 e 33. “Aprendam a lição da figueira: quando seus ramos se renovam e suas folhas começam a brotar, vocês sabem que o verão está próximo. Assim também, quando virem todas estas coisas, saibam que ele está próximo, às portas.”

Jesus está se referindo à esse texto, o sinal do Fim dos Tempos. Quando virmos acontecerem estes sinais, devemos estar preparados para estes momentos. Para alguns, momentos de adversidade, para outros momentos de felicidade, porque Jesus está próximo, às portas.

Jeremias 8:7 “Até a cegonha no céu conhece as estações que lhe estão determinadas, e a pomba, a andorinha e o tordo (grou) observam a época de sua migração. Mas o meu povo não conhece as exigências do Senhor.”

Atualmente, estamos vivendo num mundo cheio de ceticismo, descrença na palavra de Deus a até os próprios escolhidos do Senhor não sabem em que tempo estamos vivendo. Reclamam impacientes, desanimados e com escárnio da demora da volta de Jesus:

II Pedro 3: 4-5. “Antes de tudo saibam que, nos últimos dias, surgirão escarnecedores zombando e seguindo suas próprias paixões. Eles dirão: “O que houve com a promessa de sua vinda? Desde que os antepassados morreram, tudo continua como desde o princípio da criação.”

A Bíblia faz claras advertências relativas à preparação espiritual. Dentre elas podemos citar a parábola das dez virgens (Mateus 25:1-13).

Cinco virgens se prepararam, por isso são chamadas de prudentes, enquanto as demais consideradas loucas (insensatas), porque não se prepararam para a chegada do noivo e não tinham óleo suficiente (o Espírito Santo) para as suas lamparinas. Esta parábola nos mostra que a nossa preparação é individual, não depende de outras pessoas, o pastor, o ancião, o líder de grupo, mas somente de nós mesmos, através do estudo da Bíblia, da oração e da nossa comunhão pessoal com Jesus Cristo.

Outro exemplo é a advertência profética dirigida à Igreja de Laodicéia (Apocalipse 3:14-22), que é considerada adormecida, acomodada, não sintonizada com os sinais proféticos e sem consciência de sua condição espiritual.

A nossa preparação envolve a disposição de tomar decisões, não por medo, temor ou pavor das adversidades, mas pelo amor e para evitar conseqüências negativas. Para tanto, passamos a enumerar sete passos que consideramos essenciais e imprescindíveis para passarmos com sucesso pelos momentos de adversidade, comum a todos nós, como evidenciado pelas palavras de Jesus: “no mundo tereis aflições, mas tende bom ânimo; Eu venci o mundo” (João 16:33)

1. Não negligenciar o alimento espiritual: comunhão diária com Deus, através da leitura da Bíblia e da oração.

2. Conhecer profundamente o mapa, a bússola de nossa vida. “Temos um mapa dando todas as instruções do caminho, na jornada em direção ao Céu.” O Grande Conflito, pág. 598.


3. Estar atento aos sinais, que permitirão tomar decisões no tempo certo: Vigiai, pois, porque não sabeis o dia nem a hora em que o Filho do homem há de vir”. Mateus 25:13.

4. Não correr riscos desnecessários e não permitir “interferências”, deixando para trás tudo o que impede ou atrase a caminhada. “E, se a tua mão direita te escandalizar, corta-a e atira-a para longe de ti, porque te é melhor que um dos teus membros se perca do que topo o teu corpo seja lançado no inferno”. Mateus 5:30.


5. Procurar a união do grupo, não ignorando os mais experientes, aqueles que já trilharam boa parte do caminho e conhecem os perigos e as ciladas do inimigo.

6. Aceitar com paciência e alegria as adversidades. (Habacuque 3:17 e 18), crendo que Deus não permite que esteja além da sua capacidade de resistência: (I Coríntios 10:13) e que todas as coisas contribuem para o bem daqueles que amam a Deus. (Romanos 8:28).


7. Confiar nas promessas de Deus, das quais citamos uma em especial: (Isaías 43:2).
Em nenhum lugar em Sua Palavra Deus nos iludiu, oferecendo-nos uma vida fácil, sem problemas de qualquer natureza; pelo contrário, nos advertiu que passaríamos por adversidades. O versículo citado acima não se inicia com uma condicional (se), mas com um advérbio temporal (quando), indicando que em algum momento de nossa vida poderemos passar, tanto por águas profundas e turbulentas, como pelo fogo, ambos com efeitos catastróficos. Porém, Ele nos garantiu que quando surgirem as tribulações Ele estará conosco, porque é o nosso Deus, o nosso Criador, que conhece nossos limites e deseja que estejamos prontos para retornar ao Lar, onde “não haverá mais morte, nem pranto, nem clamor, nem dor, porque já as primeiras coisas são passadas”. (Apoc. 21:4).

Portanto, tenhamos em mente a atitude positiva das palavras do apóstolo Paulo: “Para mim tenho por certo que as aflições deste tempo presente não são para comparar com a glória que em nós há de ser revelada” (Rom. 8:18), e caminhemos com determinação “olhando para Jesus, Autor e Consumador da nossa fé”. (Hebreus l1:2.

A Recompensa de Tudo Abandonar

1) O evangelho reclama abnegação.

A aceitação do evangelho por nós, requer-se abnegação, isto é, a negação do eu, do egoísmo e a prática da empatia, sentirmos em nossa pele o que o nosso próximo está sentindo e amá-lo como Jesus nos amou, amarmos aos necessitados, aos famintos, aos desamparados.

Jesus sendo rico, abandonou as riquezas celestiais, renunciou ao céu e se dispôs a vir nesta terra cheia de pecado para nos salvar, sendo que nós não merecíamos tal abnegação por sua parte.

“Porque Deus amou ao mundo que deu o seu Filho Unigênito, para que todo o que nele crer não pereça, mas tenha a vida eterna”. João 3.16

Mateus 26: 38-44;

O próprio Jesus sentiu-se abandonado na hora da sua morte. Mateus 27:46
Para aceitarmos o sacrifício de Cristo por nós há uma grande necessidade de renúncia ao nosso eu, ao nosso ego, desejos carnais e ambições.

Abraão (Gênesis 12: 1, 4) foi um exemplo de abnegação, abandonando seus parentes para atender ao chamado de Deus. Será que somos capazes de seguir o seu exemplo, abandonando os nossos entes queridos para irmos para onde Deus ordenar? Creio que não temos fé suficiente para atendermos ao chamado de Nosso Senhor.

Moisés (Hebreus 11:24) preferiu sofrer aflição com o povo de Deus, a ser chamado filho da filha do faraó e participar da Corte do Rei.

Paulo (Filipense 3:4-8) considerou como pêrda todas as coisas que possuiu antes de conhecer à Jesus pessoalmente.

2) Nenhum sacrifício é grande demais.

Às vezes, reclamamos de algum sacrifício que fazemos em prol da pregação do evangelho, da freqüência aos cultos das quartas e domingos e achamos difícil a realização de trabalho missionário, estudos bíblicos ou alguma programação da igreja e vivemos resmungando de tudo.

Deve haver uma negação de nós mesmos. Jesus disse: “Nega-te a ti mesmo” Lucas 9: 23-26

Será que é a nossa família, as intensas atividades sociais e trabalho que está nos impedindo de servir melhor a Deus? Ouça estas palavras de Cristo: “Quem ama mais o pai e a mãe do que a Mim, não é digno de Mim”Mateus 10:34-38. Ou seja, se amamos as coisas deste mundo ou a Deus?

Que aproveita ao homem o que há debaixo do sol? Tudo é vaidade é correr atrás do vento, os bens materiais, os nossos desejos e anseios sem Cristo serão palha e pó.

Os discípulos quando chamados por Cristo, não hesitaram, não objetaram ou inventaram desculpas, simplesmente aceitaram o Seu chamado e “deixaram tudo e O seguiram” – Lucas 5:11, 27,28

3) Aceite o convite de Cristo.

Lucas 14:33 “Da mesma forma, qualquer de vocês que não renunciar a tudo o que possui não pode ser meu discípulo”.

Pare de pensar racionalmente e pense espiritualmente, de servir a dois senhores, saia de cima do muro, tire o outro pé do mundo e coloque os dois pés para dentro da igreja e tome uma decisão em sua vida e sirva ao Senhor Jesus de toda a tua alma e de todo o teu entendimento!

4) Considere o custo.

Muito bem! Meus parabéns! Você é uma nova criatura, aceitou a Jesus como o seu salvador pessoal, agora tudo será um mar de rosas? Negativo. Haverá sofrimentos, aflições, porém servem para nos purificar como ouro para estarmos em pé diante do Nosso Grande Deus e expressarmos: “Eis o Nosso Deus a quem aguardávamos”! Teremos sofrimentos agora, mas não se comparam com a glória do porvir. Romanos 8:17, 18

Sofreremos com Cristo e reinaremos com Ele! 1Timóteo 2:12, I Pedro 4:12, 13
Por meio de muita tribulação, entraremos no reino. Atos 14:22
Os santos congregarão depois que se sacrificarem. Salmos 50:5

5) A recompensa agora e eternamente.

Vamos receber bênçãos dobradas agora, e, depois, a vida eterna. Mateus 19:27-29, Lucas 18:28-30

As decisões acertadas produzem paz perfeita, por isso em nome do Senhor Jesus, aceito-O como o seu Salvador pessoal aqui e agora neste momento, porque o tempo é breve e logo virá para nos buscar e nos levar para os mansões celestiais.

Renunciei ao seu próprio eu e espere confiante a volta de Nosso Senhor e Salvador, Jesus Cristo. II Pedro 3:14

A Verdadeira Felicidade e Como Obtê-la

Nós, no fundo do nosso coração, ansiamos e desejamos pela posse da felicidade.

I – Como o mundo procura a felicidade.

a) Nos prazeres passageiros e efêmeros; (Carnaval, Drogas, Álcool, Prostituição)
b) Nas conquistas e vitórias (Copa do Mundo, Napoleão Bonaparte, Império Romano)
c) Carlos Magno (Um Grande Conquistador)
d) O Triste fim das Misses
e) Na ponta de um revólver ou punhal.

II – Contraste entre a felicidade que o mundo oferece e a outorgada por Cristo.

1) Dinheiro

a) Calígula, Eastman Kodak e suas vidas finais; suicídios de banqueiros. Os ricos vivem inquietos.
b) Romanos 8:16-17. “ O próprio espírito testemunha ao nosso espírito que somos filhos de Deus. Se somo filhos, então somos herdeiros; herdeiros de Deus e co-herdeiros com Cristo, se de fato participamos dos seus sofrimentos, para que também participemos da sua glória. Ao Cristão é assegurada uma herança.

c) Ele é rico. - Apocalipse 2:9 “ Conheço as suas aflições e a sua probreza; mas você é rico! II Cor. 6:4, 7-10

d) A pérola preciosa – Provérbios 10:22; Mateus 13:44

2) Saúde.

e) O dinheiro, sem saúde, é sem valor.
f) A saúde aqui é relativa, e, na proporção que o fim se aproxima, as doenças aumentam.
g) Ao cristão, já aqui na Terra, é dada a promessa de Jesus ser seu médico. – Êxodo 15:26 - e, na mansão celestial, saúde real – Mateus 4:2, Isaías 33:24

3) Amigos

a) Tendo dinheiro, temos amigos – Provérbios 19:4 – mas a amizade terrena é muitas vezes falsa.
b) Jesus quer ser nosso melhor amigo – João 15:14,15 – Prov. 18:24, 17:17
c) É Jesus o teu amigo real?

4) Lar

a) Certos lares parecem-nos um paraíso. Mera Ilusão!
b) Mesmo no lar onde deve haver felicidade segundo o plano de Deus, às vezes há lutas e misérias, com certas tragédias conjugais.
c) Aqui somos forasteiros: nosso lar está no céu – João 14:1-3, Fil. 3:20,21; Hebreus 11:13-16

III – Em consiste, pois, a felicidade?

a) Não nas coisas deste mundo
b) Em achar e ter Jesus no coração – João 4:13-14, 14:27
c) Agostinho disse: “ O nosso coração não está tranqüilo enquanto não descansar em Jesus”
d) Jesus nos outorga a verdadeira felicidade - a que passa e a que não passa, a vida eterna – Lucas 2:9-10

Como Vencer na Vida e obter Sucesso!

No livro de Zacarias 4:10, lemos: “Porque quem despreza o dia das coisas pequenas? Pois esses se alegrarão, vendo prumo na mão de Zorobabel; os sete olhos do Senhor, que discorrem por toda a terra”.

Esta passagem bíblica está nos dizendo das pequenas coisas, que äs vezes desprezamos, não damos a mínima importância, porém os olhos de Deus estão nos vigiando e observando os pequenos deslizes que cometemos.

1 - Capricho nas Pequenas Coisas.

a) Nossa vida é composta de pequenas coisas.
b) Não devemos formar o hábito de fazer coisas inacabadas. Ex: Lição da Escola Sabatina, Ano Bíblico.
c) O que pusermos em nossa vida constituirá o nosso caráter e o nosso futuro.

Eclesiastes 9:10 “Tudo quanto te vier à mão para fazer, faze-o conforme as tuas forças, porque na sepultura, para onde tu vais, não há obra, nem indústria, nem ciência, nem sabedoria alguma”.

a) Devemos executar tudo que nos vier à mão para fazer com perfeição, diligência e tenacidade.

2 - Desejo de Vencer.

a) Todo jovem deve ter ambição, ou desejo veemente para realizar e alcançar um ideal.
b) O mundo hoje goza de muitos privilégios porque diversas pessoas tiveram um ideal na vida, e um forte desejo de alcançá-lo: Osvaldo Cruz, Santos Dumont, Edison, e outros.

3 – Perseverança

a) A pessoa que é perseverante está fadada a vencer;
b) Grandes realizações têm sido levadas a efeito por causa da perseverança;
c) Para o perseverante não existem adversidades;
d) A perseverança é necessária nos menores detalhes e realizações da vida.
e) Sem perseverança não há sucesso.

4 – Fidelidade.

Mateus 25:23 “ Bem está, bom e fiel servo. Sobre o pouco foste fiel, sobre muito te colocarei; entra no gozo do teu senhor”.

a) É uma grande virtude;
b) É uma jóia rara e de grande preço;
c) Quantos fracassos e quantas tragédias por falta de fidelidade!
d) Sejamos fiéis nos pontos mínimos e automaticamente o seremos nas grandes responsabilidades.

Filipenses 4:13 “Posso todas as coisas naquele que me fortalece”.

“Pare de pensar em todas as razões pelas quais você não pode fazer um coisa, e pense em todas as razões pelas quais você pode”.

Você deve estabelecer alvos e planos para a sua vida, tanto no âmbito profissional, familiar, recreativo e espiritual.

“Os homens que têm alvos e planos dirigem outros, enquanto homens que não têm metas e planos são dirigidos”.

“Pessoas que possuem alvos e planos têm sucesso na vida, enquanto que pessoas que não os têm fracassam”

“Ninguém segura um homem que tem um plano, porque ninguém tem um plano para fazê-lo parar.”

Será que existe uma chave mágica para alcançarmos o sucesso? Não, com certeza. Alvos e planos são as chaves mágicas para alcançarmos a felicidade e o sucesso.

O que é sucesso?

“Sucesso é a realização progressiva de alvos predeterminados que valem a pena, pautada pelo equilíbrio e purificada pela fé”.

Somos aquilo que pensamos ser. Se pensamos que somos pessoas derrotadas, seremos sempre pessoas derrotadas. Porém, se pensarmos e agirmos como vencedores em Cristo Jesus, Satanás jamais nos vencerá.

Alguns consideram o sucesso como sendo, os estudos, casamento, negócios, fama, notoriedade, riqueza. Porém tudo isto sem Jesus em nossa vida de nada valerá. Será considerado como extêrco, como disse o apóstolo Paulo. São coisas materiais e passageiras.

Se alcançarmos o sucesso com Jesus em nossa vida, aí será bem melhor!

Que Deus nos abençoe e possamos obter sucesso em nossa vida espiritual, material e familiar e sermos vencedores com Cristo Jesus, nosso Senhor, Salvador e Redentor!

Amém!

Fundamentalismo político de George W. Bush x Fundamentalismo Religioso de Bin Laden: necessidade de uma política de convivência, respeito e tolerância

Resumo: O presente artigo tem por finalidade abordar suscintamente, de forma prática e objetiva a questão de dois tipos de fundamentalismos existentes e predominantes atualmente no cenário político e religioso a nível internacional: o Fundamentalismo Político Norte Americano, representado pela doutrina do Presidente George W. Bush (Bushismo) e o Fundamentalismo Religioso Islâmico, defendido pelo terrorista Bin Laden (Jihad).



Atualmente, podemos nos deparar com vários termos presentes nos meios de comunicação, tanto no âmbito nacional e internacional tais como: “Doutrina Bush”, “Nova Ordem Mundial”, “Jihad” e “Fundamentalismo”.
Um dos mais freqüentes é o termo “fundamentalismo”. Mas afinal, qual é mesmo o seu significado? Para fins de esclarecimentos, vamos às origens do termo acima.
O termo “fundamentalismo” foi cunhado em 1915, quando professores de teologia da Universidade de Princeton publicaram uma pequena coleção de doze livros intitulados “Fundamentals: a testemony of the Truth”, algo parecido com “Fundamentalismo: um testemunho da Verdade”.
“A proposta de tal publicação era expor um Cristianismo extremamente rigoroso, ortodoxo, dogmático, contra toda a modernização na qual estava tomada a sociedade norte-americana” (Boff, 2002, pág. 12).
Após o fatídico 11 de setembro, pudemos enxergar o ressurgimento do termo “fundamentalismo” nos discursos do atual Presidente norte-americano, George W. Bush, contra os terroristas, representados pelo seu “arqui-inimigo” Osama Bin Laden.
De um lado, vemos George W. Bush, representante máximo da nação norte-americana, pregando sua doutrina política imperialista de uma “Nova Ordem Mundial”, agindo em “nome de Deus”, como se representante dele fosse, afirmando ser uma luta do bem contra o mal.
A expressão “Nova Ordem Mundial” foi utilizada pelo pai do atual presidente norte-americano, George Bush, e ficou incumbada até a posse do mesmo. De certa forma, somente após a ascensão de seu filho George W. Bush, é que tal palavra ganhou destaque em seus discursos e a partir daí passou a chamar-se “Doutrina Bush” ou “Bushismo”, adotando uma política de contra-ataque a todo tipo de ameaça terrorista iminente e possíveis inimigos.
Cabe neste momento refletirmos quais foram realmente os motivos que levaram os EUA a atacarem o Iraque. Se não nos falhe a memória, o motivo “aparente” foi a suspeita de fabricação de armas nucleares, que até o momento nada foi localizado.
Com a divulgação em massa pela mídia, do acontecimento de 11 de setembro, toda a população mundial ficou com os olhos voltados para aquela tragédia, gerando um sentimento de revolta contra os terroristas, subliminarmente classificados como terroristas todos os “islamitas” ou “muçulmanos”.

Daí, pode-se chegar à conclusão de que o “terrorismo é o maior inimigo dos EUA e, portanto, é legítima toda ação para destruí-lo”.
George W. Bush afirma em seus discursos que a luta é do bem (América) contra o mal (Terrorismo Islâmico). O seu projeto inicial de guerra se chamava “Justiça Infinita”, depois, com menos arrogância, passou a chamar-se de “Liberdade Duradoura” e termina suas intervenções com “Deus salve a América”, como se os EUA fosse o povo escolhido de Deus e que os ataques terroristas foram contra a humanidade e não contra a nação americana, na suposição de que eles são a própria humanidade (Boff, pág. 41).
De outro lado, podemos ver a retórica dos talibãs (estudantes de teologia) de Osama Bin Laden, arqui inimigo e rival dos EUA, pois acusam a nação norte-americana de “infiéis”, “pagãos”, “materialistas”, “antiéticos” e “belicistas”. Afirmam também que existe uma guerra santa (Jihad) entre o bem (Islamismo) e o mal (América e/ou Ocidente), dividindo o mundo atual em dois campos extremos: os fiéis (Islamitas e/ou Muçulmanos) e os infiéis (Norte-Americanos e Ocidentais).
Como pudemos constatar, cada um afirma estar do lado do bem, lutando contra o mal. Mas quem está com a verdade e a razão? Em nome de quem estão falando? Em nome de Deus? Derramar sangue inocente é estar do lado do bem e de Deus?
O nosso Deus é um “Deus de Amor” e não um Deus de derramamento de sangue inocente. Jesus disse: “Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida”. Deus é vida. Derramamento de sangue é morte. Portanto, Deus é o Criador e Mantenedor da vida!
Desde os tempos passados, principalmente na Idade Média, na Reforma e Contra-Reforma, milhares de inocentes foram mortos em nome da religião, supostamente em nome de Deus e, atualmente, está surgindo um nova onda de perseguição e de intolerância religiosa.
Enquanto predominarem tais extremismos, seremos condenados à intolerância, à guerra e, com isso, a vida, que é um dom precioso que o Nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo nos concedeu na cruz do calvário, poderá ser dizimada da própria biosfera, devido à falta de convivência, respeito e tolerância entre os seres humanos.
Faz-se necessário um diálogo inter-religioso e uma participação religiosa. Não estamos querendo defender aqui o “Ecumenismo”, que é uma outra questão, mas sim defender o direito que cada cidadão possui no íntimo do seu ser, a liberdade de expressão, de consciência, de crença e enfim, o seu direito irrenunciável e inalienável, que nada mais é do que o “Direito à Liberdade Religiosa”, conforme consta nos tratados de Direitos Humanos e em nossa Constituição vigente.
A tolerância e o diálogo inter-religioso é uma proposta urgente e necessária para a humanidade. As religiões necessitam se respeitarem mutuamente, sem nenhum rancor ou arrogância religiosa, precisam auto-reconhecer, entrar em diálogo e buscar convergências e não divergências, respeitando o “outro”, o nosso próximo, com suas características e individualidades.
Para finalizarmos, concluo com uma frase de um eminente teólogo e professor palestrante:

“Cristãos e Muçulmanos não podem cair na arrogância de se julgarem portadores exclusivos da revelação divina e os únicos herdeiros da salvação de Deus na história” (Leonardo Boff).

quarta-feira, 29 de agosto de 2007

Religião Pura e Sem Macula

O que é uma Religião pura e sem macula? Esta pergunta sempre nos vem a nossa mente. Daí respondemos que praticar uma religião é estarmos freqüentando uma Igreja, ouvindo sermões inspiradores, devolvendo nossos dízimos e nos comportando adequadamente, dando nosso exemplo como Cristãos.
Será esse um conceito verdadeiro de Religião? Religião não é simplesmente uma coleção de idéias ou doutrinas, mas sim uma mensagem prática. O que quero dizer com isso. Quero dizer que Religião é vida e prática, ou seja, colocamos em prática aquilo que aprendemos teoricamente, através do Estudo da Bíblia e dos livros do Espírito de Profecia. O contrário disso cheira hipocrisia.
Tiago 1: 26 e 27, afirma que: “se alguém cuida ser religioso e não refreia a sua língua, antes engana o seu coração, a religião desse é vã. A religião pura e imaculada para com Deus, o Pai, é esta: visitar os órfãos e as viúvas nas suas tribulações e guardar-se da corrupção do mundo”.
O que tenho feito em favor dos pobres, os excluídos e menos favorecidos? Tenho saído da minha zona de conforto ou tenho me preocupado somente com o meu egoísmo?

De volta as origens

Há uma necessidade de voltarmos às origens da Igreja Primitiva, onde todos viviam em comunidade, partiam o pão de casa em casa e todos se preocupavam com as necessidades uns dos outros.
Como estamos vivendo e praticando a nossa fé hoje? Estou preocupado com o meu vizinho, com o meu próximo ou estou simplesmente preocupado com o meu bem-estar?
Estamos adotando a filosofia “cada um por si e Deus por todos?”
O Diretor do Instituto de Evangelismo da Divisão Norte-Americana, o Dr Russel Burrill enfatiza em suas obras (Revolução na Igreja, Discípulos Modernos, Como Reavivar a Igreja no séc. XXI), a necessidade de a Igreja voltar as suas origens, através do evangelismo pessoal de relacionamentos e discipulado.
No inicio do Movimento Adventista, onde havia poucos pastores para a implantação de Igrejas, ele afirma que nenhum pastor servia como pastor local em uma igreja. Todas as congregações foram ensinadas a cuidar de si mesmas, deixando os pastores livres para evangelizar e penetrar em novos lugares. Porém, logo após a morte da Sra White, este sistema começou a ser abandonado e houve declínio no crescimento das Igrejas, pois, as igrejas que dependiam de um pastor local para sua sobrevivência tornavam-se fracas e laodiceanas. Em contraste, as igrejas que não viviam nessa dependência eram fortes e vibrantes.
Em várias obras, tais como Evangelismo, Obreiros Evangélicos e Serviço Cristão, a Sra. White afirma:
“Sob a direção de Deus, a igreja deve ser educada e treinada para realizar efetivo serviço. Seus membros devem ser os obreiros cristãos devotados ao Senhor:”

“Deve-se lhes ensinar que, a não ser que possam permanecer por si sós, sem um ministro, precisam converter-se, sendo de novo batizados. Necessitam nascer de novo”. (Evangelismo, p. 381)
Atualmente, a tarefa e a função dos pastores deve ser a de treinadores, coordenadores e administradores, funcionando como presidentes de uma congregação. A presença de um pastor numa congregação tende a deixá-las dependentes e fracas, bem como santos esqueléticos. Elas devem ser fechadas? Claro que não. Devem ser ensinadas a cuidar de si mesmas, à semelhança das igrejas pequenas do Adventismo Primitivo. Devem ficar sob a supervisão de um pastor, mas não de período integral. No início da Igreja este sistema funcionou e houve crescimento considerável das igrejas.
De acordo com a Palavra de Deus, somos cada um “sacerdotes”, cuidando uns dos outros, desempenhando a tarefa de pregar o evangelho a todo povo, nação, tribo e língua em obediência a “Grande Comissão”, que se encontra em Mateus 28, 18-20.
A Igreja tem atualmente procurado trabalhar num sistema integrado entre membros leigos e pastores, com recursos evangelísticos integrados através de diversas estratégias evangelísticas, tais como: Pequenos Grupos (Evangelismo de Relacionamentos), Serviço Comunitário, Classes Bíblicas, Estudos Bíblicos, Mídia Impressa e Televisiva, Evangelismo da Amizade, etc.
As estratégias acima são realizadas através da integração de todos os departamentos da Igreja:
a) Comunicação
b) Liberdade Religiosa
c) Escola Sabatina
d) Ministério Pessoal (Pequenos Grupos, Escola Missionária, Classe Bíblica, Duplas Missionárias)
e) Ministério das Publicações
f) Ministérios da Saúde
g) Mordomia Crista
h) Ministério Jovem
i) Ministérios da Mulher
j) Ministérios da Família
k) Departamento de Educação (Educação a distância p/ capacitação de leigos p/ realização de evangelismo pessoal e publico)
l) Associação Ministerial

O Sacerdócio Universal dos Crentes é uma importante doutrina para o cumprimento da missão evangelística. O apóstolo Pedro nos traz essa doutrina em I Pedro 2: 9, onde explicita a obrigação de cada crente ser um sacerdote, um representante e embaixador de Cristo.
Uma igreja de sucesso mantem sempre princípios norteadores para o seu crescimento.
a) Perseverança
b) Comprometimento Missionário dos Membros
c) Fraternidade entre os Membros
d) Pequenos Grupos
e) Trabalho Assistencial
f) Uso dos Dons Espirituais
g) Formação de Liderança

De acordo com o Pr. Rod Long, há vários ingredientes de crescimento de uma igreja:

a) Visão e Missão específicas
b) Membros envolvidos em vários ministérios
c) Ser uma igreja atraente para a comunidade
d) Ligação com o poder celestial, através da oração
e) Amar incondicionalmente

A Igreja identificou sete áreas-chave para as quais deve direcionar seus recursos:
a) Crescimento Espiritual
b) Envolvimento Comunitário
c) Testemunho Pessoal
d) Evangelismo das cidades
e) Plantio de Igrejas
f) Programação Evangelística através da Mídia

Escola Missionária: Uma Escola para preparar discípulos

No livro Beneficência Social, p. 105 e 106, a Sra White nos apresenta a necessidade de implantação de uma Escola Missionária:

“Toda igreja deve ser uma Escola Missionária para obreiros cristãos. Seus membros devem ser instruídos em dar estudos bíblicos, em dirigir e ensinar em classes da Escola Sabatina, na melhor maneira de auxiliar os pobres e cuidar dos doentes, de trabalhar pelos não-convertidos. Deve haver cursos de saúde, de arte culinária, e classes em vários ramos de serviço no auxilio cristão. Não somente deve haver ensino, mas trabalho real, sob a direção de instrutores experientes”.

Conteúdo do curso:
a) Oração Intercessória
b) Dons Espirituais
c) Instrutor Bíblico
d) Duplas Missionárias
e) Ministério da Recepção
f) Coordenação de Interessados
g) Pequenos Grupos
h) Evangelismo Público
i) Classes Bíblicas
j) Discipulado

A proposta da Escola Missionária é ser uma escola de instrução prática e não teológica, para treinarmos e comprometermos a maioria dos membros da igreja. Poderá funcionar semanalmente ou quinzenalmente, na sede do distrito pastoral e os alunos que forem instruídos poderão se tornar instrutores, auxiliando o pastor em outras igrejas. Poderá ser aos domingos de manhã ou nas sextas-feiras à noite. O pastor distrital e o líder missionário serão os responsáveis pela implantação e funcionamento da escola. Os livros indicados para estudo serão “Discípulos Modernos” de Russell Burrill e o livro “Serviço Cristão” de Ellen White.