segunda-feira, 29 de junho de 2009

Teologia Feminista, Negra e Indígena

Cremos serem legítimos tais segmentos reivindicarem seus direitos, pois todos são seres humanos, dotados de dignidade.
As mulheres, os negros e os índios são segmentos desprezados e marginalizados perante a sociedade. Por isso, tais reivindicações são legítimas e de pleno direito.
A Teologia da Libertação trabalha estes temas numa perspectiva libertadora das amarras do preconceito social existente de longa data.
As mulheres sempre foram marginalizadas desde os tempos bíblicos. Os índios foram dizimados no período do descobrimento do Brasil. E os negros escravizados durante o período da monarquia no Brasil.
Todos são seres humanos e devem ser protegidos em seus direitos como pessoa humana.
Apesar de a Teologia da Libertação trabalhar esses temas, muito ainda falta para conquistarem seu espaço numa sociedade totalmente impregnada de preconceitos e intolerância frente a estes segmentos marginalizados.
Há necessidade de se divulgarem mais estes temas numa perspectiva ecumênica em todas as religiões. No entanto, existem muitas religiões que ainda legitimam suas práticas, usando a própria Bíblia para justificarem seus atos.
Se realizarmos uma exegese acurada das Escrituras Sagradas existem passagens que afirmam que as mulheres devem ficar caladas na Igreja e os negros foram amaldiçoados pelo próprio Deus.
O problema ainda persiste na hermenêutica Bíblica, pois existem argumentos para todo tipo de dominação e legitimação do status quo. O patriarcalismo ainda é dominante no meio religioso e cada vez mais necessita-se quebrar os paradigmas teológicos existentes.
As mulheres reivindicam igualdade perante os homens e a Constituição Federal de 1988 lhes dá essa garantia. Apesar de as mulheres terem conquistado o espaço que antes eram ocupados pelos homens, infelizmente ainda continuam presas ao lar e a sua vida profissional possui dupla jornada. Conquistaram liberdade profissional, mas ainda continuam fortemente ligadas aos seus lares e estão sobrecarregadas de trabalho doméstico e profissional.
Os negros conquistaram seu espaço no meio social e atualmente têm acesso ao ensino superior através das políticas de quotas para negros. Discutem-se, no entanto, se tais quotas são ou não dicriminalizadoras. Seria essa uma solução para a exclusão social dos negros? Este é um questionamento que tem gerado muita polêmica.
Os índios estão clamando pela sobrevivência, pois a maioria está sendo dizimada e desprezada pelo governo e pela sociedade e sofrem com a ausência de uma política de demarcação de suas terras.
Uma das iniciativas seriam estes segmentos deixarem de ser vítimas e serem protagonistas de sua própria história, reivindicando assim os seus direitos perante a sociedade dominante. Necessitam quebrar o “status quo” dominante e dessa forma conquistarem o seu espaço no campo social e teológico.

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