segunda-feira, 29 de junho de 2009

Teologia Bíblica do Novo Testamento e Seus Métodos

Na disciplina de Teologia Bíblica do Novo Testamento estudamos vários métodos de interpretação, o quais destacamos os principais.

São eles:
a) Método Histórico-Kerigmático;
b) Método da História da Salvação;
c) Método Histórico-Positivo;
d) Método Sistemático.

O Método Histórico-Kerigmático tem como pano de fundo a Teologia do Novo Testamento de Rudolf Bultmann que teve como principal discípulo Hans Conzelmann, que tentou atualizar e corrigir o trabalho de seu mestre.
Bultmann procurava interpretar a fé num sentido existencial, sem levar em consideração o Jesus Histórico. Já Conzelmann procura reformular o trabalho de seu mestre interpretando o Novo Testamento à luz da história da tradição, sem, contudo, ainda não levar em consideração o Jesus Histórico, assim como seu mestre Bultmann. ` Sua obra assim, como a de seu mestre, em nossa opinião possui limitações hermenêuticas e teológicas, mas, porém, é considerado como merecedora de todo respeito pelos especialistas.
Já o Método da História da Salvação possui como expoentes os teólogos Oscar Culmann e Leonhard Goppelt.
Tal método apresenta três princípios comuns sobre a Teologia do Novo Testamento:

a) A Bíblia, tanto o Antigo Testamento como o Novo Testamento é considerada como uma unidade;
b) A Bíblia é interpretada à luz da história da salvação, como obra de Deus em primeiro plano, enquanto que o aspecto doutrinário é deixado em plano secundário;
c) Jesus ocupa o centro desse método, pois ele é o cumprimento da promessa e do futuro escatológico.

Já o Método Histórico-Positivo possui como expoentes os teólogos Werner Georg Kümmel e Joaquim Jeremias, ambos defensores do método histórico-crítico.
Ao contrário de Bultmann, Kümmel adota a palavra kerigma, ao invés da terminologia existencial.
Já Jeremias coloca a pregação e a mensagem do Jesus Histórico, ao contrário de Bultmann, que não o considerava, somente o sentido existencial.
E para finalizar, o Método Sistemático, que de acordo com a apostila, mostra-se mais problemático, porque corre o perigo de se perder a reconstrução histórica e a verdadeira e autêntica interpretação do Novo Testamento.
O principal expoente desta corrente foi o católico Karl Hermann Schelkle, com a exposição de sua obra em cinco volumes, a qual apresenta os temas da criação, a teologia trinitária, o Ethos cristão e a consumação da criação e da salvação. Para este teólogo “A Escritura é a Palavra de Deus”.
Diante de tantos métodos apresentados, cabe-nos um posicionamento a respeito. Somos da opinião de que a Bíblia é a Palavra de Deus, divinamente inspirada pelo Espírito Santo. A consideramos como um conjunto sistemático, como um todo, um conjunto coordenado de instruções e orientações para os filhos de Deus, tanto para o passado, como para o presente e o futuro. Consideramos as Escrituras Sagradas, tanto o Antigo, quanto o Novo Testamento, como “Palavra de Deus”. Não concordamos com as ditas “teologias” que desconsideram Jesus como um fato real e verdadeiro, ou seja, que negam o Jesus Histórico. Tais teorias negam a existência da pessoa de Jesus Cristo e o colocam num patamar não divino e realizam uma interpretação somente existencial e simbólica da pessoa de Jesus Cristo.

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