quarta-feira, 29 de agosto de 2007

Religião Pura e Sem Macula

O que é uma Religião pura e sem macula? Esta pergunta sempre nos vem a nossa mente. Daí respondemos que praticar uma religião é estarmos freqüentando uma Igreja, ouvindo sermões inspiradores, devolvendo nossos dízimos e nos comportando adequadamente, dando nosso exemplo como Cristãos.
Será esse um conceito verdadeiro de Religião? Religião não é simplesmente uma coleção de idéias ou doutrinas, mas sim uma mensagem prática. O que quero dizer com isso. Quero dizer que Religião é vida e prática, ou seja, colocamos em prática aquilo que aprendemos teoricamente, através do Estudo da Bíblia e dos livros do Espírito de Profecia. O contrário disso cheira hipocrisia.
Tiago 1: 26 e 27, afirma que: “se alguém cuida ser religioso e não refreia a sua língua, antes engana o seu coração, a religião desse é vã. A religião pura e imaculada para com Deus, o Pai, é esta: visitar os órfãos e as viúvas nas suas tribulações e guardar-se da corrupção do mundo”.
O que tenho feito em favor dos pobres, os excluídos e menos favorecidos? Tenho saído da minha zona de conforto ou tenho me preocupado somente com o meu egoísmo?

De volta as origens

Há uma necessidade de voltarmos às origens da Igreja Primitiva, onde todos viviam em comunidade, partiam o pão de casa em casa e todos se preocupavam com as necessidades uns dos outros.
Como estamos vivendo e praticando a nossa fé hoje? Estou preocupado com o meu vizinho, com o meu próximo ou estou simplesmente preocupado com o meu bem-estar?
Estamos adotando a filosofia “cada um por si e Deus por todos?”
O Diretor do Instituto de Evangelismo da Divisão Norte-Americana, o Dr Russel Burrill enfatiza em suas obras (Revolução na Igreja, Discípulos Modernos, Como Reavivar a Igreja no séc. XXI), a necessidade de a Igreja voltar as suas origens, através do evangelismo pessoal de relacionamentos e discipulado.
No inicio do Movimento Adventista, onde havia poucos pastores para a implantação de Igrejas, ele afirma que nenhum pastor servia como pastor local em uma igreja. Todas as congregações foram ensinadas a cuidar de si mesmas, deixando os pastores livres para evangelizar e penetrar em novos lugares. Porém, logo após a morte da Sra White, este sistema começou a ser abandonado e houve declínio no crescimento das Igrejas, pois, as igrejas que dependiam de um pastor local para sua sobrevivência tornavam-se fracas e laodiceanas. Em contraste, as igrejas que não viviam nessa dependência eram fortes e vibrantes.
Em várias obras, tais como Evangelismo, Obreiros Evangélicos e Serviço Cristão, a Sra. White afirma:
“Sob a direção de Deus, a igreja deve ser educada e treinada para realizar efetivo serviço. Seus membros devem ser os obreiros cristãos devotados ao Senhor:”

“Deve-se lhes ensinar que, a não ser que possam permanecer por si sós, sem um ministro, precisam converter-se, sendo de novo batizados. Necessitam nascer de novo”. (Evangelismo, p. 381)
Atualmente, a tarefa e a função dos pastores deve ser a de treinadores, coordenadores e administradores, funcionando como presidentes de uma congregação. A presença de um pastor numa congregação tende a deixá-las dependentes e fracas, bem como santos esqueléticos. Elas devem ser fechadas? Claro que não. Devem ser ensinadas a cuidar de si mesmas, à semelhança das igrejas pequenas do Adventismo Primitivo. Devem ficar sob a supervisão de um pastor, mas não de período integral. No início da Igreja este sistema funcionou e houve crescimento considerável das igrejas.
De acordo com a Palavra de Deus, somos cada um “sacerdotes”, cuidando uns dos outros, desempenhando a tarefa de pregar o evangelho a todo povo, nação, tribo e língua em obediência a “Grande Comissão”, que se encontra em Mateus 28, 18-20.
A Igreja tem atualmente procurado trabalhar num sistema integrado entre membros leigos e pastores, com recursos evangelísticos integrados através de diversas estratégias evangelísticas, tais como: Pequenos Grupos (Evangelismo de Relacionamentos), Serviço Comunitário, Classes Bíblicas, Estudos Bíblicos, Mídia Impressa e Televisiva, Evangelismo da Amizade, etc.
As estratégias acima são realizadas através da integração de todos os departamentos da Igreja:
a) Comunicação
b) Liberdade Religiosa
c) Escola Sabatina
d) Ministério Pessoal (Pequenos Grupos, Escola Missionária, Classe Bíblica, Duplas Missionárias)
e) Ministério das Publicações
f) Ministérios da Saúde
g) Mordomia Crista
h) Ministério Jovem
i) Ministérios da Mulher
j) Ministérios da Família
k) Departamento de Educação (Educação a distância p/ capacitação de leigos p/ realização de evangelismo pessoal e publico)
l) Associação Ministerial

O Sacerdócio Universal dos Crentes é uma importante doutrina para o cumprimento da missão evangelística. O apóstolo Pedro nos traz essa doutrina em I Pedro 2: 9, onde explicita a obrigação de cada crente ser um sacerdote, um representante e embaixador de Cristo.
Uma igreja de sucesso mantem sempre princípios norteadores para o seu crescimento.
a) Perseverança
b) Comprometimento Missionário dos Membros
c) Fraternidade entre os Membros
d) Pequenos Grupos
e) Trabalho Assistencial
f) Uso dos Dons Espirituais
g) Formação de Liderança

De acordo com o Pr. Rod Long, há vários ingredientes de crescimento de uma igreja:

a) Visão e Missão específicas
b) Membros envolvidos em vários ministérios
c) Ser uma igreja atraente para a comunidade
d) Ligação com o poder celestial, através da oração
e) Amar incondicionalmente

A Igreja identificou sete áreas-chave para as quais deve direcionar seus recursos:
a) Crescimento Espiritual
b) Envolvimento Comunitário
c) Testemunho Pessoal
d) Evangelismo das cidades
e) Plantio de Igrejas
f) Programação Evangelística através da Mídia

Escola Missionária: Uma Escola para preparar discípulos

No livro Beneficência Social, p. 105 e 106, a Sra White nos apresenta a necessidade de implantação de uma Escola Missionária:

“Toda igreja deve ser uma Escola Missionária para obreiros cristãos. Seus membros devem ser instruídos em dar estudos bíblicos, em dirigir e ensinar em classes da Escola Sabatina, na melhor maneira de auxiliar os pobres e cuidar dos doentes, de trabalhar pelos não-convertidos. Deve haver cursos de saúde, de arte culinária, e classes em vários ramos de serviço no auxilio cristão. Não somente deve haver ensino, mas trabalho real, sob a direção de instrutores experientes”.

Conteúdo do curso:
a) Oração Intercessória
b) Dons Espirituais
c) Instrutor Bíblico
d) Duplas Missionárias
e) Ministério da Recepção
f) Coordenação de Interessados
g) Pequenos Grupos
h) Evangelismo Público
i) Classes Bíblicas
j) Discipulado

A proposta da Escola Missionária é ser uma escola de instrução prática e não teológica, para treinarmos e comprometermos a maioria dos membros da igreja. Poderá funcionar semanalmente ou quinzenalmente, na sede do distrito pastoral e os alunos que forem instruídos poderão se tornar instrutores, auxiliando o pastor em outras igrejas. Poderá ser aos domingos de manhã ou nas sextas-feiras à noite. O pastor distrital e o líder missionário serão os responsáveis pela implantação e funcionamento da escola. Os livros indicados para estudo serão “Discípulos Modernos” de Russell Burrill e o livro “Serviço Cristão” de Ellen White.

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