domingo, 15 de novembro de 2009

Processo de desenvolvimento da consciência eclesial da Igreja Cristã

O processo de desenvolvimento da consciência eclesial pode ser classificada em ekklesía mística e ekklesía concreta. A ekklesía mística era a Igreja Universal enquanto corpo místico de Cristo. Já a ekklesía individual ou concreta expressava o caráter local da Igreja enquanto corpo de Cristo. O desenvolvimento não se deu apenas pelas influências e esforços paulinos, mas também por causa dos antecedentes históricos daqueles que se convertiam, ou seja, eram geralmente judeus ou pessoas que tinham algum tipo de influência proselitista do judaísmo e se reuniam em sinagogas helenistas. Com o surgimento e desenvolvimento da consciência eclesial da Igreja Cristã antiga surgem também as celebrações litúrgicas com os ritos do Batismo e da Ceia do Senhor ou Eucaristia. O Batismo é considerado como um rito de iniciação ou rito de passagem. Para que um indivíduo cristão possa fazer parte de uma comunidade cristã, depois de convertido, deve ser batizado. É um meio de purificação dos pecados, através da lavagem pela água. Ele se esquece do seu passado e inicia o processo de uma nova vida em Cristo Jesus. É o nascimento de uma nova vida como criatura no Reino de Deus. Quanto à forma do batismo, a maioria dos teólogos defende o batismo por imersão, tanto que no original a palavra batismo, em grego: baptizo significa imersão, submersão e emersão, ou seja, a pessoa deve ser mergulhada na água. No entanto, outras formas de batismo eram admitidas na igreja cristã primitiva e são praticadas até os nossos dias, tais como a aspersão e efusão. O que importava era o rito e não a sua forma. A Ceia do Senhor ou mais comumente conhecida como Eucaristia no catolicismo é a celebração mística com o corpo e o sangue de Jesus Cristo. O próprio Jesus enfatizou na última Ceia com os discípulos: “Isto é o meu sangue, o sangue da nova aliança, que é derramado por muitos, para remissão dos pecados”. (Mat. 26:28). O catolicismo defende a transubstanciação do vinho e do pão materializados como sendo o próprio corpo de Cristo. Esta doutrina não possui base bíblica. O rito da Ceia do Senhor é apenas uma figura, uma simbologia do sacrifício que Cristo fez por nós. Portanto, representa o “memorial do sofrimento” de Nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo, o qual sofreu e morreu na Cruz do Calvário, para a remissão de nossos pecados. Antes da institucionalização da Igreja, estes ritos poderiam ser realizados por qualquer cristão. A partir do II século, a administração de tais ritos passou para os bispos, sacerdotes oficiais da Igreja institucionalizada. Até os nossos dias, estes ritos são considerados essenciais e de suma importância para a comunidade cristã. São realizados por um pastor, sacerdote ou clérigo religioso nas comunidades como forma de iniciação e confirmação de novos adeptos na religião.

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