domingo, 15 de novembro de 2009

Ecumenismo Prático

Cremos que deveria haver apenas uma religião entre os cristãos, o Cristianismo. No entanto, o problema da unidade e do ecumenismo consiste basicamente na palavra “fundamentalismo”. O Cristianismo possui várias ramificações denominacionais e cada uma defende a sua doutrina com unhas e dentes e não abrem mão de maneira alguma.
De um lado temos o “fundamentalismo católico”, nos discursos do atual Papa Bento XVI, Joseph Ratzinger, onde o mesmo afirma que “extra ecclesia nulla sallus”, não há salvação fora da Igreja Católica. O papado defende os dogmas da Igreja católica e baseia a sua doutrina não somente nos livros canônicos, mas também nos apócrifos e na tradição da igreja.
De outro lado temos o “fundamentalismo protestante”, onde a maioria nega a autoridade papal e a considera como a “besta” do Apocalipse do final dos tempos. O protestantismo defende o “sacerdócio universal de todos os crentes”, rejeita os livros apócrifos e se pauta pelo princípio protestante “solla gratia, solla fide e solla scriptura”, " somente pela graça, pela fé e pela escritura”.
Diante disso, creio ser difícil a união doutrinal entre as igrejas. Entretanto, com relação ao “Ecumenismo Prático” como saída para promoção da vida e da dignidade da pessoa humana, acredito ser válido. Ao invés de as igrejas estarem realizando disputas doutrinárias e concorrendo no mercado religioso por adeptos, porque não desviarem tais esforços em conjunto para a defesa da vida e não provocarem mais derramamento de sangue?.
Defendemos a unidade na diversidade. Cada religião pode permanecer em sua crença, em seus dogmas, sem precisarem abrir mão de seus princípios doutrinários. Mas que isso não seja motivo de discórdias e de disputas religiosas. Devemos buscar a unidade em Jesus Cristo, pois Ele derrubou todas as barreiras da intolerância, do preconceito e da discriminação. Nele não existe acepção de pessoas. Somos todos cristãos, filhos de um mesmo Deus. Como pregar a unidade, se entre nós não existe concordância?
Portanto, devemos mostrar o exemplo da unidade da fé, do testemunho, do compromisso e do amor em Cristo e defendermos a promoção da dignidade do ser humano e da plenitude de vida.

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