quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

A ESTRATÉGIA DOS “PEQUENOS GRUPOS” COMO MÉTODO DE EVANGELISMO

Severino Brêda da Silva

RESUMO:
Este trabalho aborda a estratégia dos “pequenos grupos”, mais comumente denominado de “igreja em células” ou “grupos familiares” como estratégia de evangelismo. Apresenta a origem histórica, o conceito, o que fazem, quais as bases bíblicas e teológicas, aspectos negativos e quais os benefícios que justificam a utilização desse método de evangelismo para as igrejas atuais.

Palavras-chave: Pequenos grupos. Igreja em células. Método de Evangelismo.

ABSTRACT:
This paper discusses the strategy of "small groups", more commonly called the "cell church" or "family groups" as a strategy for evangelism. It presents the historical background, the concept, what they do, what are the biblical and theological foundations, the negative aspects and the benefits that justify the use of this method of evangelism for the church today.

Keywords: Small groups. Cell church. Method of evangelism.



1. Considerações iniciais
Devido a um grande despertar para a religiosidade neste século, se faz necessário adotar métodos e estratégias de evangelismo para alcançar interessados no evangelho de maneira eficiente e eficaz. No entanto, apesar desse despertar para a religiosidade, uma das marcas da sociedade atual é o individualismo. O apóstolo Paulo adverte-nos que nos últimos tempos a humanidade seria egoísta, hedonista e individualista. (II Timóteo 3:1-15).
De acordo com pesquisas recentes, 70% dos cristãos americanos crêem que podem ser bons cristãos sem fazer parte de uma igreja formal. Todavia, é impossível ser um cristão autêntico sem estar envolvido ou pertencer a uma comunidade de crentes. O fato de constar no rol de membros de uma igreja não significa ser um cristão biblicamente falando. Neste aspecto, a estratégia/metodologia dos pequenos grupos, mais comumente conhecida no meio evangélico como grupos familiares ou igrejas em células tem demonstrado ser muito eficiente para a pregação do Evangelho de Nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo.
Os pequenos grupos tendem a quebrar as barreiras do individualismo e motiva os membros a trabalharem em prol do próximo, edificando-se uns aos outros, cumprindo desta forma o propósito de Deus aqui nesta terra, que é o serviço abnegado em favor dos necessitados. Diante disso, pode-se afirmar que a participação num pequeno grupo envolve relacionamento com Deus e envolvimento pessoal em prol da comunidade de crentes.
O presente trabalho de conclusão de curso tem por finalidade apresentar a origem histórica, o conceito de pequenos grupos, o que fazem, quais as bases bíblicas e teológicas que os justificam como método de evangelismo, quais os benefícios e a contribuição dos pequenos grupos para a igreja e, por fim, quais os aspectos positivos e negativos na implantação de um pequeno grupo.
Um dos principais referenciais teóricos que iremos utilizar será o Dr. Russel Burril, Ph. D em evangelismo pela Universidade Andrews nos Estados Unidos, baseando-se em sua obra “Como Reavivar a Igreja do Século 21: o poder transformador dos pequenos grupos (2009)” e outros tais como David Cox que defendem os pequenos grupos como método de evangelismo e estratégia de crescimento de igrejas.



2. Pequenos Grupos
2.1. Histórico
A história bíblica e secular tem apresentado a origem dos pequenos grupos desde os tempos do Antigo Testamento, especificamente no Livro de Êxodo, passando pelos primórdios da Igreja primitiva, no período do Novo Testamento, na época de John Wesley e no início do Adventismo primitivo até os dias atuais.
No Livro de Êxodo, capítulo 18, Moisés recebe o conselho de seu sogro, Jetro para que nomeiem auxiliares, pois ele se encontrava sobrecarregado e então “Moisés escolheu homens capazes de todo o Israel, e os constituiu por cabeças sobre o povo: chefes de mil, chefes de cem, chefes de cinqüenta e chefes de dez” (Êxodo 18:25-27).
A partir desse momento, Moisés estabeleceu líderes de mil, de cem, de cinqüenta e de dez, fazendo com que o seu ministério pastoral fosse aliviado e delegando responsabilidades de forma equilibrada.
No final do século XVIII, John Wesley foi um dos grandes nomes da Reforma Protestante e pioneiro na implantação dos pequenos grupos. Wesley implantou mais de 10.000 pequenos grupos, denominado de classes. As classes eram ferramentas evangelísticas e agentes discipuladoras. Wesley chegou a afirmar: “Estou convencido, mais do que nunca, que pregar como apóstolo, sem juntar depois os convertidos e treiná-los nos caminhos de Deus, é somente gerar filhos para o matador” (BURRIL, 2009, p. 107).
O Adventismo primitivo adotou o modelo do metodismo de Wesley, como método de evangelismo, devido os seus pioneiros serem a maioria proveniente do metodismo. Nesta época, devido ao grande despertar para as verdades bíblicas, havia um ambiente favorável para que os pequenos grupos se consolidassem e era a vontade de Deus para a Sua Igreja naquele momento.
Para Peter Wagner, apud Komiskey “a maioria das igrejas de hoje que têm derrubado barreiras de crescimento, uma após outra, são igrejas que deram ênfase às igrejas nas casas” (KOMISKEY, 2006, p. 8). Nota-se, portanto, que as igrejas que mais têm crescido são as que adotaram os pequenos grupos como filosofia e estilo de vida.


2.2. O que são e o que fazem?
O Voto da Comissão da Divisão Sul-Americana da Igreja Adventista do Sétimo Dia, em maio de 2007, nos apresenta a visão dos pequenos grupos:
Que os pequenos grupos caracterizem o estilo de vida da igreja e funcionem como a base para a comunidade relacional, crescimento espiritual e cumprimento integral da missão de acordo com os dons espirituais (WHITE, 2004, p. 115).
De acordo com David Cox as pesquisas feitas indicam que os melhores pequenos grupos são os que, por definição:
a) São uma parte essencial da vida e da estrutura da igreja;
b) Têm uma mentalidade de crescimento;
c) Funcionam relacionalmente (COX, 2000, p. 11).
Conforme as citações acima, podemos identificar várias características tais como os pequenos grupos como estilo de vida, como a base para comunidade relacional, crescimento espiritual e têm por objetivo principal o cumprimento da missão da igreja.
A comissão deixada por Jesus para a Sua igreja é “Portanto ide, ensinai todas as nações, batizando-as em nome do Pai, e do Filho e do Espírito Santo; ensinando-as a guardar todas as coisas que eu vos tenho mandado” (Mateus. 28: 19 e 20). Os pequenos grupos possuem, portanto, uma missão e esta missão é o cumprimento da missão da igreja, que é ensinar, batizar e ensinar a guardar todas as coisas que o Senhor Jesus deixou para os seus primeiros discípulos e para os cristãos na atualidade.
3. Fundamentos bíblicos e teológicos
Toda ação da igreja deve estar fundamentada na Bíblia, a Palavra de Deus. Apresentaremos a seguir os princípios bíblicos e teológicos que embasam os pequenos grupos. Primeiramente, deve-se ter em mente que a adoção da estratégia e metodologia dos pequenos grupos originou-se na mente do próprio Deus.
Antes da criação já existia um pequeno grupo de três pessoas distintas, pois Deus disse: “Façamos o homem à nossa imagem e semelhança” (Gênesis 1:26). Nesta frase nota-se que Deus não estava sozinho. Sabemos que as três pessoas da Divindade, ou seja, a Trindade participou da criação. Deduz-se então a partir disso a existência de um pequeno grupo de três pessoas da Divindade. Logo após a criação, o Senhor Deus fundou outro pequeno grupo, inicialmente com Adão e Eva. Posteriomente, com seus dois filhos Caim e Abel e, assim sucessivamente.
Com Moisés, o grande líder libertador do povo de Deus também não foi diferente. Moisés organizou o povo em pequenos grupos, atendendo ao conselho divinamente inspirado de seu sogro Jetro (Êxodo 18:17-15). Jesus, no início de seu ministério na terra formou um pequeno grupo com os doze discípulos (Marcos 3:13-15).
A igreja primitiva foi organizada em pequenos grupos com reuniões nos lares, por causa da perseguição dos judeus (Atos 2:42-47; 5:42). A escritora e pioneira do movimento Adventista Ellen G. White declara a respeito dos pequenos grupos:
Que pequenos grupos se reúnam à noite, ao meio-dia, ou de manhã cedo, para estudar a Bíblia. Que eles tenham um período de oração, para que possam ser fortalecidos, iluminados e santificados pelo Espírito Santo. Se vocês mesmos abrirem a porta para recebê-la, uma grande bênção virá sobre vós. Anjos de Deus estarão no meio da vossa assembléia. Sereis alimentados com as folhas da Árvore da Vida. Que testemunhos podeis dar do carinhoso relacionamento com os vossos colegas de trabalho nesses preciosos períodos em que buscais as bênçãos de Deus. Que cada um conte a sua experiência com palavras simples. Isso trará mais conforto e alegria à alma do que todos os agradáveis instrumentos de música que possam ser introduzidos nas igrejas. Cristo entrará nos vossos corações. Só por este meio podereis manter a vossa integridade” (WHITE, 2000, p. 195).
Ainda com relação aos pequenos grupos, a pioneira adventista afirma que é uma orientação de Deus para a igreja: “A formação de pequenos grupos como base de esforço cristão, foi me apresentada por Aquele que não pode errar”. “Formemos em nossas igrejas grupos para o serviço” (WHITE, 2004, p. 72).
Os pequenos grupos são os planos de Deus para a igreja no tempo do fim, tanto para as grandes quanto para as pequenas igrejas. Sabemos que a igreja de Deus será perseguida novamente e já não mais existirão prédios para os cristãos se reunirem. Com os pequenos grupos a igreja será fortalecida espiritualmente e sobreviverá aos ataques do inimigo de Deus e de todos os cristãos, Satanás.
4. Benefícios e Aspectos Positivos
Podemos afirmar sem sombra de dúvidas de que existem vários benefícios e aspectos positivos na adoção da estratégia e metodologia dos pequenos grupos. Dentre eles, destacam-se o crescimento no relacionamento com Deus, crescimento no conhecimento e estudo da Bíblia, na amizade e relacionamentos uns com os outros, atende e ajuda nas necessidades das pessoas, capacita os membros para o ministério cristão, identifica rapidamente os dons espirituais e são desenvolvidos e utilizados na obra de Deus, ajuda no cuidado pastoral da igreja, diminui a apostasia e ajuda na conservação de membros na igreja, ajuda a formar novos discípulos e mobiliza o maior número de membros na conquista de almas para o reino de Deus. Dentre as diversas vantagens dos pequenos grupos acima citados, analisaremos abaixo algumas delas.
4.1. Crescimento espiritual
Os pequenos grupos são o ambiente ideal e propício para atender às necessidades espirituais e materiais dos participantes ou não participantes. Desenvolve nos membros o desejo de alcançar maior espiritualidade e maturidade cristã. A igreja pode ser considerada como uma fogueira e nós como as brasas. Se afastarmos da fogueira, a nossa chama espiritual poderá se apagar. Neste aspecto, os pequenos grupos poderão ser as faíscas que ascenderá as nossas brasas para a seara do Senhor na conquista de almas para o seu reino.
4.2. Crescimento nos relacionamentos
O ser humano é um ser social e necessita estar constantemente em contato uns com os outros. Como diz o adágio: “Ninguém é uma ilha”. Diante disso, o ser humano necessita preencher as suas necessidades sociais de relacionamentos e atender a uma necessidade básica de pertencimento a um grupo. Neste aspecto, os pequenos grupos preenchem tais necessidades e carências, pois é um ambiente propício para o crescimento nos relacionamentos.
Quando um indivíduo se associa a uma nova igreja, ele necessita fazer novas amizades, pois os vínculos anteriores, na maioria das vezes são cortados. De acordo com especialistas, um membro que não ingressa num círculo de amizade após o seu batismo na igreja, dificilmente permanecerá na nova fé. Daí a importância do desenvolvimento de um novo círculo de amizades e relacionamentos na comunidade cristã.
4.3. Formação de discípulos
As igrejas em geral trabalham com a estratégia e metodologia de formação de discípulos. O próprio Jesus Cristo implantou um sistema de discipulado. Durante três anos e meio treinou e capacitou os doze discípulos para a missão da igreja.
Em Mateus Jesus nos deixou esta ordem expressa: “Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo; ensinando-os a guardar todas as coisas que vos tenho ordenado. E eis que estou convosco todos os dias até a consumação do século”. (Mateus 28: 19,20). Diante dessa afirmação, pode-se deduzir que os pequenos grupos são o melhor ambiente para o ensino, capacitação e desenvolvimento de discípulos e formação de liderança.
4.4. Formação de liderança
Será de vital importância que nos pequenos grupos os líderes sejam pessoas comprometidas com a visão e a missão da igreja e sejam devidamente treinados e capacitados para a liderança dos pequenos grupos. A igreja necessita implantar um programa de capacitação e treinamento da liderança dos pequenos grupos, com encontros de aprendizado, inspiração, motivação e apoio mútuo entre os líderes, o ancião e o pastor da igreja.
Um líder de pequeno grupo deve reunir qualidades necessárias para desempenhar um bom trabalho, tais como: atuar como um sub-pastor, ter comprometimento e compreensão de princípios espirituais, ter um profundo relacionamento com Cristo, disposição para ajudar, paixão pela conquista de almas para Cristo, ser estudante assíduo da Bíblia, apto para o ensino e que também possa ser ensinado, ser responsável e acima de tudo, possuir um estilo de liderança servidora, baseado em Lucas 22:25-26. Enfim, para que os pequenos grupos prosperem, o líder deverá ser a peça chave e deverá comunicar a visão e missão da igreja e articular o propósito do movimento.
4.5. Plantio de novas igrejas
Além de promoverem os benefícios já citados anteriormente, os pequenos grupos também contribuem para o plantio de novas igrejas.
No entanto, para que os pequenos grupos cresçam e tornem-se novas igrejas, de acordo com as normas de procedimentos e orientações da Igreja Adventista do Sétimo Dia, eles deverão ter em mente a busca dos componentes de um crescimento eclesiástico, que são:
a) Visão e missão específicas; b) Membros envolvidos em vários ministérios; c) Ser uma igreja atraente para a comunidade; d) Ligação com o poder celestial através da oração; e) Amar incondicionalmente as pessoas; f) Preparar e capacitar novos líderes; g) Atrair visitantes e simpatizantes; h) Realizar evangelismo em equipe e através de duplas missionárias; i) Dividir-se para multiplicar e multiplicar para crescer (REVISTA PEQUENOS GRUPOS, 2005, p. 23).
5. Aspectos negativos
Dentre os vários aspectos que se consideram negativos na implantação dos pequenos grupos, destacam-se a falta de:
a) Liderança capacitada e treinada; b) Organização e compromisso dos membros; c) Preparo da igreja, da liderança e do pastor; d) Visão e missão obscuras por parte da liderança; d) Verdadeira Koinonia (comunhão); e) Persistência e motivação para o trabalho missionário; f) Oração, espiritualidade, consagração e perseverança (REVISTA PEQUENOS GRUPOS, 2005, p. 24).
Um pequeno grupo que apresente qualquer um destes aspectos negativos, dificilmente terá sucesso e a tendência será a sua extinção.
6. Metodologia de Funcionamento
O programa dos pequenos grupos está praticamente fundamentado na Bíblia (Atos 2:42 e 47) e também podem ser encontrados nos escritos da co-fundadora do movimento adventista, a Sra. Ellen White. A seguir, apresenta-se a seqüência de uma reunião de estudo relacional da Bíblia de um Pequeno Grupo, de acordo com manuais de instruções e orientações da Igreja Adventista do Sétimo dia:
1. Confraternização – recepção, colocando a conversa em dia e "quebra-gelo"; 2. Adoração – louvor, oração, meditação, testemunho, estudo; 3. Testemunho – planejamento evangelístico do grupo, oração intercessória, duplas missionárias; 4. Oração – oração individual, em duplas ou em grupo; 5. Estudo Relacional da Bíblia – ênfase na aplicação do texto à vida pessoal e comunitária (REVISTA PEQUENOS GRUPOS, 2005, p. 25).
1. Confraternização – É o momento em que o pequeno grupo desenvolve a amizade e o companheirismo entre os componentes. Durante a confraternização é criado um clima de participação de todos. O líder exerce um papel fundamental neste aspecto, iniciando a confraternização como forma de “quebra-gelo”. Todos devem participar livremente. Perguntas que podem ser feitas durante a confraternização: Como foi a semana? Aconteceu alguma coisa especial que gostaria de compartilhar com o grupo? Ajudou alguém durante a semana?
2. Adoração – Neste momento, os membros poderão louvar a Deus através de hinos, cânticos e salmos, meditações, testemunhos, etc.
3. Testemunho – Este é o momento em que os componentes do pequeno grupo partilham as suas atividades missionárias e espirituais que aconteceram durante a semana.
4. Oração – A oração é “a respiração da alma” de um pequeno grupo, como afirma Ellen White. Ela é indispensável para a sobrevivência de um pequeno grupo. Faz com que os membros se aproximem uns dos outros e fortalece a vida espiritual do pequeno grupo. Poderá ser realizado individualmente, em duplas ou em grupo.
5. Estudo Relacional da Bíblia – É o momento de se abrir a Palavra de Deus e usufruir do poder contido nela. A Bíblia é a fonte de todo o poder que vem de Deus. É um livro vivo e criativo que transforma o coração das pessoas. Neste momento o líder desenvolve o papel de instrutor e evangelista através de um estudo relacional, realizando aplicações práticas para a vida dos componentes do pequeno grupo e deverá contar com a participação de todos.
Funcionamento do Pequeno Grupo
Normalmente o pequeno grupo funciona numa casa cedida por um anfitrião ou anfitriã membro da igreja, uma vez por semana, podendo ser na sexta-feira, considerado o dia mais apropriado ou outro dia, com tempo aproximado de 60 a 70 minutos, com três a doze participantes. Caso tenha criança, escolher uma pessoa capacitada para cuidá-las.
Orientações que o líder deve dar nas primeiras reuniões
Nas primeiras reuniões dos pequenos grupos, o líder deverá dar as primeiras instruções quanto ao relacionamento interpessoal entre os membros:
1. Os membros são aceitos como são; 2. A participação é espontânea; 3. Os membros não tentarão modificar ninguém; 4. O objetivo é compartilhar a experiência uns com os outros; 5. Combinar quando serão convidados os interessados (aconselha-se convidar quando houver a consolidação do pequeno grupo, em torno de três meses após o início); 6. Fazer um compromisso com o grupo (REVISTA PEQUENOS GRUPOS, 2005, p. 26)
Compromisso de cada membro do Pequeno Grupo
Todos os componentes do pequeno grupo deverão firmar um compromisso na participação e envolvimento nas reuniões e nas atividades evangelísticas do grupo:
Chegarei a tempo para as reuniões; Se faltar avisarei; Ajudarei o grupo a ter uma experiência positiva; Participarei do evangelismo; Ajudarei o grupo a crescer e formar um novo grupo (REVISTA PEQUENOS GRUPOS, 2005, p. 27).
Oito Hábitos do Líder de um Pequeno Grupo
Todo líder de pequeno grupo deve ter em mente que está desempenhando a função de um sub-pastor e possui sob sua responsabilidade vários irmãos em Cristo, devendo zelar e cuidar da vida espiritual dos componentes do seu grupo e para tanto, deverá desenvolver hábitos espirituais saudáveis, tais como:
1. Sonhar em liderar um grupo saudável, que cresce e se multiplica;
2. Orar diariamente pelos membros do grupo;
3. Convidar semanalmente pessoas novas para visitar o grupo;
4. Contatar regularmente os membros do grupo;
5. Preparar-se para o encontro do grupo;
6. Mentorear um auxiliar de líder;
7. Planejar atividades de comunhão do grupo;
8. Comprometer-se com o crescimento pessoal (REVISTA PEQUENOS GRUPOS, 2005, p. 28).
7. Considerações finais
O presente trabalho de conclusão de curso teve por finalidade apresentar a estratégia e metodologia dos pequenos grupos como uma excelente ferramenta de evangelismo para as igrejas nos dias atuais. Apresentamos breves considerações iniciais, a origem histórica, o conceito e os fundamentos bíblicos e teológicos, benefícios e aspectos positivos e negativos e a metodologia de funcionamento dos pequenos grupos.
Pode-se afirmar que a vida do corpo da igreja encontra-se em suas células. Se a célula, que é a base de um organismo saudável não se multiplicar, o corpo também não se desenvolve. Quando as células se multiplicam, o corpo se desenvolve. As células são, portanto, os pequenos grupos, organismos vivos da igreja.
O Manual da Igreja Adventista afirma: “Um estudo sobre os movimentos da igreja mostra que todo grande reavivamento é influenciado pelo rápido acesso à Bíblia e pela reunião de crentes em grupos pequenos e amistosos” (MANUAL DA IGREJA ADVENTISTA DO SÉTIMO DIA, 2006, p. 68).
Neste aspecto pudemos constatar que os pequenos grupos promovem confraternização, estudo relacional da Bíblia, oração e testemunho entre os crentes de uma comunidade cristã e promovem um grande reavivamento espiritual na igreja, além de contribuir para a formação de liderança e motivar os membros da igreja para o trabalho missionário.
Diante disso, dentre os vários aspectos positivos que apresentamos, aconselhamos às comunidades cristãs que adotem os pequenos grupos como estilo e filosofia de vida, pois, as estatísticas têm demonstrado uma explosão numérica e um grande despertamento espiritual para as verdades bíblicas nas igrejas que adotam tal estratégia e metodologia de evangelismo.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Bacharel em Ciências Contábeis - Universidade Federal de Mato Grosso
Bacharelando em Teologia - Universidade da Grande Dourados
Mestre em Teologia pela Escola Superior de Teologia de São Leopoldo – RS
E-mail: sbscontabil@hotmail.com

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REVISTA PEQUENOS GRUPOS: restaurando vidas. Encontro de Pastores e Coordenadores – UCOB/ABC – APLAC/PMTo – ASM – MMT – Ano 01 n. 01 maio 2005, p. 23.
Idem, p. 24.
Idem, p. 25
Idem, p. 26
Idem, p. 27
Idem, p. 28

BIBLIOGRAFIA
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______. Testemunhos para a igreja. Tatuí, SP: Casa Publicadora Brasileira, 2000.

Um comentário:

Anônimo disse...

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